Quais são as principais características do Baião?

baião, baião de 3
De onde vem o baião
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O Baião é um gênero brasileiro, binário, difundido no mercado fonográfico na década de 1940.

Em primeiro lugar é um gênero brasileiro oriundo de uma composição autoral de Luiz Gonzaga, homônima, que se apropriava ou convergia com o ritmo do coco (ou coco de embolada) – geograficamente estabelecido no nordeste brasileiro.

De antemão baião, hoje o forró, e o coco de embolada usufruem do mesmo padrão rítmico. Esse padrão é internacional. Na visão da antropologia o coco de embolada é a matriz cultural do baião, tal qual do que conhecemos hoje como forró.

Primordialmente em música se reconhece a clave 3 3 2 no coco, baião e forró – e por sinal, até mesmo no samba. Essa rítmica entrelaça a música latino-americana de forma a estabelecer irmandade com nosso gêneros.

A própria salsa usufrui da progressão rítmica 3 3 2. Acima de tudo esta clave aparece em outras manifestações musicais do mundo. Observe sua escrita em fórmula dois por quatro.

Instrumentação Típica do Baião

A princípio a instrumentação do gênero possui acordeom, zabumba e triângulo, acompanhando a voz, normalmente masculina. Ao mesmo tempo com a participação ocasional do violão, contrabaixo e bateria em visões mais modernas, que inclui até outras percussões – como pandeiro e agogô.

Inventário Rítmico Preliminar

Unidade de tempo e figuras coincidentes a pulsação. Figuras de primeira subdivisão. Figuras de segunda subdivisão.

Inventário Melódico

Além disso as melodias do baião transitam entre o modo mixolídio quando maior, e o modo dórico quando menor em graus conjuntos propriamente.

Todavia utilizando arpejos de acorde e principalmente os modelos que possuem sétima menor, como Xm7 e X7, menor com sétima menor e maior com sétima menor, respectivamente.

Referências Principais para o ouvinte iniciante

Luiz Gonzaga, Sivuca, Dominguinhos, Trio Nordestino e Trio Virgulino, por exemplo, são expoentes do gênero musical urbano.

Matriz de uma escola de música!

O baião acabou por ser ritmo para o estilo conhecido como MPB, da mesma maneira que para a música improvisada e para a música erudita. Nesse sentido de Chico Buarque ao compositor Alberto Nepomuceno, de Tom Jobim ao grupo Falamansa, todos utilizaram da síntese que estabeleceu o baião em meados da década de 1940.

Viva o baião!

Na foto que ilustra a publicação Luiz Gonzaga, o Gonzagão! 

Que tal assistir ao fantástico programa Mosaicos da TV Cultura, sobre a maior referência do Baião?

 

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João Marcondes é compositor, arranjador, produtor musical e um dos maiores educadores musicais do Brasil. Possui mais de cinquenta livros lançados, metodologias completas, e cursos aprovados no MEC e Secretaria da Educação. É gestor educacional e empreendedor. Tem mais de mil artigos publicados falando sobre música. E aqui, no Blog Souza Lima mais de dez milhões de leituras em seus textos.