O que aconteceu com o rock no Brasil? Rock na academia.

Cursos Técnicos

O Souza Lima, instituição de ensino com 40 anos de existência, e que possui os mais diversos programas de formação investiu amplamente na última década no Rock.

Como primeiro passo desse processo iniciado em 2014 fundamos uma unidade específica para atender a demanda.

Dois anos depois criamos um segundo núcleo ao gênero na Galeria do Rock em São Paulo.

Através da visão do diretor do Souza Lima constituiu-se uma Semana dedicada ao Rock. A primeira semana com fins acadêmicos, específica do gênero, que se tem notícia realizada no Brasil.

A semana teve cinco edições no Souza Lima mesmo sem gerar lucro para a instituição.

A Semana SL Rock teve cinco edições no Souza Lima. Afinal o hábito de se estudar o Rock, ao menos no Brasil, é uma criança engatinhando e que parece não ter muitos valores de vida.

Nessa semana ROCK ocorreram simpósios e mesas redondas – típicas do ambiente acadêmico – incentivada pela direção do Souza Lima. Onde brotaram cronogramas e matérias para configurar cursos.

Partiu da direção do Souza Lima desenvolver a unidade e núcleo voltados ao Rock – não de outra pessoa. E pela semana, no curso livre do Souza Lima inserimos disciplinas como História do Rock, Harmonia do Rock, e Práticas de Bandas específicas do Rock (isso desde 2002).

A semana Rock é fruto do processo iniciado graças a uma ampla percepção do mercado, característica notável do que promovemos no dia a dia de nossas atividades de direção no Souza Lima.

Caminho?

No momento o meio acadêmico parece o único caminho que o ROCK possui. Falamos em outros artigos sobre a situação do mercado fonográfico, do protagonismo gerado pelo investimento do agronegócio para outros gêneros, por exemplo, levou o rock a bancarrota. E também falamos do vírus Rock que se espalhou como estilo para ambientes totalmente inesperados.

Dos argumentos propostos nos outros artigos, se amplifica(perdão o trocadilho) e se consolida a visão do academicismo como meio solitário dos roqueiros. E curtir ser underground, eu adoro compondo músicas de outros gêneros e estilos, e até visito o rock ocasionalmente,

Lá atrás o Souza Lima como instituição percebeu que era o momento de dedicar-se ao Rock como objeto de estudo, e o fez. Proporcionando espaço para o livre pensamento. Isso é o que faz uma instituição de qualidade e engajada pelo novo.

Se há mais de um século a música erudita permeia os corredores da academia, o jazz desde a década de 1950 nos EUA, a música popular brasileira desde a década de 1980 no Brasil, o Rock pouco a pouco tem ingressado nesse panteão imortal da academia. De maneira tardia, até, mas como diz o dizer popular: antes tarde do que nunca.

O Souza Lima foi um grande investidor na consolidação do estudo do Rock no Brasil. E infelizmente escamoteado na luz do dia.

E você sabia?

Um grupo de estudo foi fundado em nossa instituição, apoiado pela direção da escola.

No café, nos corredores, nossas paredes testemunharam o rock dividindo espaço democrático e pensamento com o jazz, a música brasileira e a música erudita. Harmonia rock? Começou aqui. História do rock também.

E esse grupo de estudo utilizou nossos professores, nosso espaço, nosso investimento, mas principalmente estudantes que escolheram e fizeram do Souza Lima seu campo de aprendizagem. E que se ressalte: sempre apoiado pela direção.

Se espera, dentro da academia, que o rock abandone algumas de suas essências comportamentais, nem que seja de hoje em diante. Será um prêmio de consolação.

E que o Rock tenha vida longa para que o destino de estudar o gênero, repito, fomentado dentro de nossa instituição, se espalhe para outras universidades e faculdades pelo Brasil à luz do dia. E que sempre entre pela porta da frente e por gente séria.

Na luz do pensamento que o estudo e a seriedade da pesquisa necessita, e que é o que essa nova predisposição do ROCK merecia. E que seja feito as claras não as escuras como fazem os que não tem vergonha na cara.

Que se acenda a luz do underground. Que se revele de maneira ampla cada elemento da pesquisa que se promove e se promete. E que se cumpra com ética.

A indicação do caminho acadêmico no Brasil que o Rock tem se destinado internacionalmente começou no investimento de uma instituição de ensino de renome chamada Souza Lima. A repetição faz parte do aprendizado, por isso insisto em reafirmar.

Até manter em outro país um roqueiro acadêmico a instituição Souza Lima fez. Um cidadão que nem deveria sentar mais em uma sala de aula de nossa instituição.

Somos pioneiros sempre. E parabenizamos se o vírus que outrora falamos como fenômeno artístico tenha se alojado na academia, agora em outros locais de pesquisa, pena que na penumbra, na covardia.

Comemora-se aqui nossa visão!

O Souza Lima mantém-se atualizado e repleto de profissionais dedicados ao estudo da música. Rock é apenas uma parte do que fazemos com procedimento e comprometimento.

Já leu os outros artigos do ROCK? Leia mais aqui! Parte 1! Parte 2!

Aqui quem escreve é João Marcondes, assistente de direção do Souza Lima, ninguém me contou nada disso, eu vivi isso. O texto foi revisto e aprimorado em 28 de março de 2022.

Pós Graduação
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João Marcondes é compositor, arranjador, produtor musical e um dos maiores educadores musicais do Brasil. Possui mais de cinquenta livros lançados, metodologias completas, e cursos aprovados no MEC e Secretaria da Educação. É gestor educacional e empreendedor. Tem mais de mil artigos publicados falando sobre música. E aqui, no Blog Souza Lima mais de dez milhões de leituras em seus textos.