Música: Material didático ou método tradicional?

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Cursos Técnicos

Possuir material didático próprio é uma constante nas divulgações das escolas de música e conservatórios que oferecem cursos livres. Escolas de idioma, por exemplo, tradicionais ou de pequeno porte possuem material próprio – com exemplos em áudio, e vídeo, com texto e imagens, cujo professorado segue gradativamente, um passo a passo. Enfim: Ensino de música: Material Didático ou método tradicional?

A priori ao estudo de uma língua todo o alunado necessita formação idêntica, o que é diferente do ensino de música.

Em música, em um curso livre, os alunos devem cumprir o mesmo programa como em um ensino de línguas?

A resposta é não.

O aluno de um instrumento musical necessita de formação fisiológica, essa sim comum: o desenvolvimento da musculatura para atingir êxito na execução.

Ao lidar com a coordenação motora – fina ou grossa, dependendo do instrumento – o desenvolvimento fisiológico, dos músculos, incluindo a voz, o aluno inicia com níveis distintos dada suas experiências e incentivos cotidianos.

Deve então o professor/educador musical avaliar essa questão e encaminhar o aluno as atividades necessárias para potencializar esse desenvolvimento. E mesmo que componham um contexto final, resultado do aluno formado, o percurso será diferente para cada um.

Essas atividades motoras podem estar em metodologias e materiais diversificados para formação do aluno – estudante de música. Métodos tradicionais? Ou atividades novas? Ambos. Até mesmo na escolha adequada do repertório.

Uma coleção didática de uma escola de música de valor próprio deve possuir um eixo estrutural técnico e aperfeiçoamentos diversificados com temas propícios de cada instrumento – ao violão, técnica de mão de direita, escalas, arpejos, bloco, acordes, ritmos, interpretação melódica, entre outros.

Uma escola com a progressão unificada, método idêntico para todo alunado, possui evasão por atender superficialmente a necessidade do aluno, pelo demora a perceber seu objetivo incluso na progressão didática, engessada.

Instituições que dentro de seus materiais didáticos obrigam a passagem por repertório unificado, ferem o juízo estético individual. Como aprender algo que demoramos a nos reconhecer? Cada estilo possui peculiaridades, sim, é verdade, e mesmo que a espinha dorsal do instrumento seja comum esteticamente algumas técnicas são mais propícias a determinados repertórios.

Com atenção é possível atingir a formação de um instrumento com ao que é peculiar ao aluno.

A ideia ou intenção dependem de uma ação peculiar do professor. Esse é o ponto.

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João Marcondes é compositor, arranjador, produtor musical e um dos maiores educadores musicais do Brasil. Possui mais de cinquenta livros lançados, metodologias completas, e cursos aprovados no MEC e Secretaria da Educação. É gestor educacional e empreendedor. Tem mais de mil artigos publicados falando sobre música. E aqui, no Blog Souza Lima mais de dez milhões de leituras em seus textos.