Transcrever improviso ajuda a improvisar?

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Transcrever improviso ajuda a improvisar?

Não, de jeito nenhum. Conheci pessoas que transcreverem inúmeros solos e que na hora da improvisação pouco conseguiam desenvolver. Evidentemente cabe ao educador orientar o estudante a extrair da transcrição elementos que contribuam de fato com sua formação.

Transcrever por transcrever é uma atividade inútil.

De que adianta o estudante se concentrar em tirar um improviso de dois minutos, e ao longo de sua experiência sequer ouvir o álbum na íntegra? Ou conhecer o improvisador a fundo, ou definir se o conteúdo da sua transcrição forma uma improvisação idiomática ou não idiomática.

E quais elementos então estão nessa improvisação idiomática?

Nunca me esqueci de uma show com palestra de um guitarrista norte-americano formado na Berklee. Todos os estudantes envoltos em práticas de transcrição, e cansados dessa prática, queriam perguntar a ele quantas transcrições ele havia feito.

A pergunta foi a segunda da noite, e o guitarrista afirmou que não havia transcrito mais que dois improvisos. E ele foi ovacionado em meio a gargalhadas.

Justamente quem defendia as transcrições como método, obrigando os alunos a uma exaustiva prática de transcrever, emudeceu, mas nunca abandonou a obrigatoriedade de método que parece muito mais de imposição hierárquica, do que prática educativa.

Fica assim! Vou ampliar essa publicação, mas por enquanto ficamos por aqui.

Eu criei um curso, especialização técnica em improvisação, procura no site Souza Lima.

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