Uma breve história da Percussão Brasileira

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A percussão brasileira é um monumento do mercado fonográfico. Claro: antes da existência dos processos de registro sonoro, já se desenvolvia os aspectos de sua linguagem em meio ao fazer musical brasileiro.

Eu pratico a percussão brasileira desde criança, e hoje ainda toco razoavelmente pandeiro e outros instrumentos de percussão. Aprecio e muito a execução desses instrumentos, e muito me influencia como compositor, arranjador e produtor musical.

A percussão brasileira está entre as mais ricas das Américas, pois converge a influência europeia, afro-brasileira e nativa brasileira, justamente o que me encanta.

Caxixis, chocalhos, pandeiros, raspadores, agogô, gonguê, guizos, alfaias, atabaques, berimbau, cuíca, repique de anel, repique de mão, tamtam, rebolo, timba e tamborim.

Quem conheceu a percuteria brasileira?

Ou um tocador sentado sobre uma cadeira que abraça um tamtam?

A música brasileira revela surpresas como do uso de utensílios domésticos, novos instrumentos musicais?

Prato e faca?

Frigideira?

A percussão brasileira é de uma infinitude de timbres, gestos e composição. Estou desde muito tempo praticando e até uso para ensinar alguns conceitos da educação musical, justamente um pandeiro.

Quem não se surpreende ao ver uma queixada – no uso do maxilar de um animal morto para gerar uma sonoridade específica na canção de Théo de Barros e Geralso Vandré, em “Disparada”?

A queixada hoje evindentemente é um instrumento industrializado. Mas que mantém o ideário da seca do sertão proposto na canção da decada de 1960.

A percussão que é de figuração rítmica, na camada do acompanhamento. Que é de condução. Que é de marcação. Que é de clave.

Tanto é de acompanhamento quanto de protagonismo nos alicerces do Mercado Fonográfico Brasileiro.

Infográfico

Preparamos em mais essa oportunidade do conhecimento um infográfico para vocês, fiéis leitores, estudantes e apreciadores de Música. A série “Uma breve história” procura desenvolver parâmetros estéticos para seu aprendizado. Aproveite!

Texto e pesquisa meus, João Marcondes, com design de Jean Forrer.

#VemProSouzaLima

 

João Marcondes

Pós Graduação